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1.09.2014

Meu poço



A cada som
A cada nota musical
Uma martelada no meu coração

A cada brisa
A cada ventania
Um furacão na minha mente

A cada sereno
A cada chuva
O poço se enche cada vez mais

E eu aqui
Tentando subir
Sem ao menos tentar

Sendo machucado
atormentado
e me afogando nas lembranças

Lembranças de alguém que foi
Lembranças de alguém que é
Lembranças de alguém que será

Aprisionadas nesse túnel vertical
Hiperdimensão banal
do meu próprio eu

Já não sei o que acontece lá fora
Já não sei o que acontece aqui dentro
Já não sei o que acontece comigo
E não sei se quero saber...

3 comentários:

  1. Olá, Mateus!
    ...quando estamos num túnel vertical , a imagem lá do alto vale por mil palavras...
    Mas já sabemos: Todo o caminho começa por um passo.
    No poço dentro de nós, vale o mesmo: um balde de cada vez.
    Uma Respiração de cada vez...
    agradeço, obrigado, bela semana, abração!

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  2. Muito bom, Douglas!
    Poema bastante intenso, me remeteu a questão de o quanto somos reação de tudo o que nos cerca. De o quanto as coisas, pessoas, fatos, podem interferir em nosso 'eu', e o quanto pode permanecer intacto também.
    Beijos!

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  3. Oi Mateus!
    Ah então eu não sou a única com o hábito de ir adiando a história original. O pior é que tenho na cabeça um zilhão de idéias, cenas e tdo o mais pronto, mas na hora de passar para o papel...parece que trava tudo! Tenho vários projetos inacabados também...mas esse ano quero tentar me disciplinar e focar corretamente em um.
    Sim..o Levi Rivaille. É o personagem que mais gosto mas é o mais dificil de fazerp or causa da expressão dos olhos dele. Estou desesperada já.
    Mas também tenho outros projetos em mente ^^
    bjs

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