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6.09.2012

Fluxo


Outra tarde de outono, como todas as outras. De férias em uma casa no campo (você que está lendo definitivamente não precisa saber onde), ando vagarosamente pelos caminhos de terra cobertos de folhas. A tarde estava terminando e o vento começava a soprar, fazendo as folhas secas no chão farfalharem. Não queria voltar ainda, continuei meu passeio, me aproximando do rio que havia por perto. Parado, de pé, fixei meu olhar nas correntezas da água. Tantos obstáculos e desníveis faziam da superfície cristalina um manto desregularizado. O vento ficava cada vez mais forte, fazendo meu sobretudo dançar sua sinfonia. 
Levada pelo vendo, uma folha cai no rio e começa a ser carregada pela correnteza. Meus olhos acompanham-na. Coitada, bate em uma pedra aqui, na margem ali e continua sendo carregada pela correnteza. Até que fica presa em um montinho de mato na lateral do rio. E ali fica...
Outras folhas passam por ela, desviando meu olhar. Elas continuam pelas correntes aquáticas, sabe-se lá até onde... sabe-se lá qual será seus paradeiros... 
Mas uma coisa é certa: "O rio corre para o mar..."

3 comentários:

  1. Oi Mateus
    Gostei muito do texto, leve, gostoso de se ler, e tanto no sentido literal, como no sentido figurativo, o rio realmente corre para o mar, tipo, gente rica só casa com gente rica, e por aí vai.
    Bjão e uma ótima semana.

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  2. Olá!Bom dia!
    sim..o rio corre para o mar...
    ... Não importa se você é um riacho ou um grande rio, o importante é chegar lá. Diz-se que o rio é vencedor porque aprendeu a contornar os obstáculos...
    Boa semana!
    Abraços
    Obrigado pela visita!

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  3. Mateus, tudo bem?
    Muito bem descrito e visual, dá para 'enxergar a cena' e se colocar junto aos anseios e expectativas do personagem.
    Texto muito simbólico e me deu a impressão de uma espécie de contemplação da espera.
    Beijos e ótima semana!

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