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8.31.2010

Histórias de Roberta - Seu vizinho...



Roberta voltava para casa, depois de um dia cansativo no colégio. Todas aquelas aulas chatas haviam passado, mas parecia que nunca iria a acabar. Caminhava pela rua, abriu o portão e entrou em casa.
"Cheguei", falou quando entrou. Deixou a chave pendurada na porta e se dirigiu para a cozinha. Estava faminta.
Distraída, pegando o hamburguer dentro da geladeira, ouve um grito. (Buuuuuuuuuuuuuuuuuuuuu). Tamanho foi o susto que espremeu o hambúrguer na mão.
"Seu pirralho! Agora eu vou comer carne moída!", falou para seu irmãozinho, que saiu rindo. "Ainda bem que estava no plástico".
Fritou o que foi chamado de hambúrguer, colocou no pão e foi pegar molho. Sentada no sofá, assistindo ao seu seriado predileto, deu 'aquela' mordida no lanche. O molho escorreu pelo pão e caiu em sua camisa, que por sinal era branca.
"Mas que.... não, calma, calma". Levantou para pegar um pano e derrubou o copo de refrigerante que tinha colocado no chão. O refrigerante espalhou para debaixo do sofá. Dessa vez ela falou um palavrão.
Pegou um pano de chão e limpou a bagunça. Com um pouquinho de raiva, comeu o resto do hamburguer. Nesse momento, sua mãe chega em casa.
"Tenho uma notícia para você filha"
"Eu espero que seja boa...."
"Bem..."
"Olha, meu hambúrguer virou um mostro, eu sujei minha camisa branca de molho e derramei refrigerante debaixo do sofá. É bom que seja boa."
"Her.. bem.. Eu falo com você depois", sua mãe deu um sorriso amarelo e foi para a cozinha.
Como se já não bastasse o dia, curiosa, foi à cozinha.
"Qual é a notícia, mãe?"
"Tem certeza de que quer saber? Não quero alguém tendo uma crise aqui em casa. Vai assustar meu intestino. E você sabe como ele fica quando o ambiente está agitado!"
"Mãe, eu já te falei. Seu intestino não tem sentimentos. e..."
"Retire o que disse!", falou com a filha e colocou a mão em sua barriga, "não, ela não quis dizer isso. Pode ficar tranqüilo."
Roberta respirou fundo, pensou que era melhor não se preocupar com o relacionamento de sua mãe com o intestino.
"Voltando ao assunto, qual é a notícia?"
"Ah, sim. Sabe aquele vizinho, que ficava implicando com as crianças do bairro? Pois é, teve um infarto, está no hospital. Parece que já está melhor."
Não conseguiu se conter. Aquele vizinho que conhecia desde sua infância, havia sofrido um infarto...a emoção era tão grande, que gritou:
"Yeeeeesssssss!!! Enfim ele teve o que merece!"
"Filha!"
"Ele pegava minhas bonecas e dizia que eu era parecida com elas!!!"
"E qual o problema disso?"
"Eu só tive boneca feia!!"
"E a que eu comprei para você... você não me disse que achava ela feia, e sempre brincava com ela... sempre via você tirando a cabeça das bonecas e....Roberta!"
Ela olhou para o lado, com cara de santinha...
"Er.. bem... é que... você me deu com tanto carinho... "
"Ha...Agora eu sei porque você torturava suas bonecas..."
"Mas isso é passado. Sobre a notícia...", deu um sorriso maléfico, "posso visitá-lo?"
"O que você vai fazer lá?"
"Nada de mais, só fazer uma visita ao meu velho e bom vizinho..."
"Tudo bem, mas nada de fazer o que você fazia com suas bonecas com ele.."
"Ah! Isso nem passou pela minha cabeça..."
"E nem colocar morfina no soro dele!"
"Desisti da visita!"
"Eu sabia", e sua mãe deu um sorriso pela vitória e pegou um iorgute na geladeira, "agora é hora de você comer!"
"Não mãe, obrigada. Acabei de comer"
"Não é para você.", olhou para a barriga, "olha o aviãozinho... para o intestininho querido da mamãe!"
Não consegui ficar olhando aquilo, tomou banho e foi para o quarto. Estava cansada, resolveu deitar e dormir. Enquanto dormia, mentalizava sua infância. Brincando 'inocentemente' com as bonecas, estava ela no parque, quando chega seu vizinho. Ela já sabia o que ia acontecer, e tenta não olhar para ele. Ele chega perto, pega uma das bonecas dela e... Seus olhos ficam esbugalhados, sua respiração pára. Ela, vendo o velho ir dessa para melhor, pega a boneca da mão dele e...
"Muahahahahahhaha" - solta sua maior e melhor risada maléfica.
E segue seu sonho tranqüilo, com um grande sorriso no rosto.

Douglas Mateus

8.25.2010

Lundu


  
Em volta da fogueira,
Sem camisa, o corpo exposto
Os movimentos sensuais
Danço com a mulata

Encosto meu rosto ao seu,
Encosto meu corpo ao seu,
Requebramos juntos
Na batida do lundu


Ela rebola, seu corpo é meu
Me rejeita, mas me chama
Levanta a saia, mostra a perna
Requebra o quadril, e eu sou dela

Ela não quer? insisto...
Me aproximo devagar,
Chego perto e a agarro,
Minhas mãos passam pelo seu corpo
Minha boca perto da sua
Ela pega meu rosto e vira-o
Volto a roçar meu rosto no dela
E ela acaba a me beijar

O ritmo acelera
Nossos corpos encaixados
Rebolando e roçando
Ela me chama e eu vou
Ela me rejeita mas eu não cedo
Eu rebolo, sensual,
Enquanto ela se exibe
E continuamos o 'ritual'

Ficamos ali, dançando,
coxa com coxa,
quadril com quadril,
até que...
a umbigada

Ah!, sim, a umbigada...
E a dança acaba
Nos delírios da paixão
Para começar a diversão...

Douglas Mateus

8.18.2010

Ciúmes



"Não, não foi a mim que escolheu. Do que gosta, não te satisfaço? Hum... não sou o suficiente então. Pode ter escolhido outra pessoa, mas meu desejo por você só aumentou."


Em seu quarto, sentado sobre a cama, não se descrevia nada vivo, nem ele. O relógio, na parede acima da porta, realizava seu trabalho de sempre: tic... tac... tic... tac...
Pensar não lhe fazia bem. O motivo? Simples: imaginava, e muito. Mas agora, que sabia que fora definitivamente largado por outra pessoa, sua imaginação estava limitada, sim, limitada àquele casal que parecia tão feliz. Fechou os olhos, veio o rosto daquela pessoa, cada detalhe, aqueles olhos cujo brilho pensou ser para ele, aquela boca... Veio a imagem do outro, tocando o rosto dela e seus olhos fecharam ao toque do amado.
Ele fez uma careta e se contraiu, parecia que havia levado um soco no peito. Mas continuou com os olhos fechados e a cena continuava... quando viu os dois se beijando. Aqueles lábios encostando nos lábios de outro. Pôde-se ver veias aparecendo em todo seu corpo, sim, o sangue lhe fervia o corpo. Abriu os olhos, a respiração ofegante, levantou e caminhou em direção à sua escrivaninha. Segurou a mesa com as duas mãos e curvou seu corpo como se ela fosse seu apoio. O som do relógio parecia ter aumentado: tic... tac... tic... tac...
A cena continuou, e o pescoço da moça era beijado pelo outro, e ela estava entrando em delírio. Seus olhos, agora, estavam vermelhos... de tristeza ou ódio? Segurou forte a mesa, enquanto o rapaz seduzia a moça. Aquela imagem... Com um só movimento, tudo que estava sobre a escrivaninha foi jogado no chão. Pegou os cabelos com força, o sangue fervendo-lhe o corpo. Deu alguns passos para trás, encostando na parede. Levantou a cabeça e fechou os olhos.
Caminhou e ficou em frente ao espelho que havia na porta do guarda-roupa. Viu sua própria imagem, semelhança do fracasso amoroso. Essa, se foi e surgiu a imagem do casal, continuando o que estavam fazendo. O rapaz, agora, tirava a roupa da moça. Sim, aquelas mãos, que não eram as suas, estavam delirando a moça. Ela estava sendo tocada por outro... Encheu os pulmões e gritou, alto o suficiente para ela ouvir do outro lado do espelho. Estaria ficando louco? O casal olhou para ele e, maleficamente, deram um sorriso. Seus olhos estavam totalmente abertos. A expressão em seu rosto misturava-se com a trizteza e o ódio, como se tentasse achar algo racional ali, algo que explicasse o que estava acontecendo.
Em seguida, cerrou um dos punhos e deu um forte soco no cristal. O espelho foi feito em pedaços, dos quais vários cortaram sua mão. Aquele sangue que fez suas veias aparecerem, que corria por todos seus membros queimando cada parte de seu corpo, agora se esvaía pelo punho. As lágrimas desciam dos olhos, como se cortassem seu rosto a medida que escorriam. Lágrimas afiadas, de ódio. A respiração ofegante. Ela estava amando ele. Seu coração batia tão forte que parecia que iria parar. As mãos do outro no corpo dela. Gritou mais uma vez. Esmurrou o que sobrou do espelho, cortando-lhe mais o corpo. Gritava loucamente, para quê? Nem ele sabia mais. Mas se visse os dois, ha, os mataria. Faria-os sofrer como ele está sofrendo.
Depois de acabar com os pedaços do espelho, sentiu suas forças indo embora. Ajoelhou e, em seguida, se deitou, formando um quadro de deprimência: aquele corpo, totalmente sem defesas, jogado numa poça de sangue coberta de vidros que refletiam sua própria imagem, e a imagem deles. 
Deitado no chão, ao meio dos cacos de vidro sangrentos, sua vida se esvaía pelos pulsos. O relógio continuava sua monótona melodia, e a cada nota musical, ele se distanciava de sua amada. Até que... o sangue parou de escorrer, o relógio parou de tocar... e ele fechou os olhos.

Douglas Mateus

8.15.2010

Perdido na noite vermelha



Olho para onde estou
Para o lugar em que vou esquecer você
Um lugar vivo, cheio de cores
Com as bebidas mais calientes
E as ninfetas mais imprudentes
Com as propostas mais indecentes

Perco-me nessa noite vermelha
Ao som do profano
Do vermelho insano
O cheiro do mal
De sabor infernal

Unhas arranhando costas
Rostos contraídos
Jogos inusitados
Corpos suados

Todos juntos, rindo e bebendo
Beijando e lambendo
Mordendo e gemendo

Até o gozo final, a liberdade
Porque hoje eu esqueci você

Será mesmo que esqueci?


Douglas Mateus

8.13.2010

O Aventureiro




          Sim, eu aceito. Não, isso não é um casamento. É uma missão. Hoje eu estou empolgado. Subo em cima de um dinossauro verde e chego à ilha de destino. Deixo-o comendo as maçãs das árvores e lá vou eu voar pelos ares, em volta do castelo de Peach, com um boné vermelho com asas. Faço uma aterrissagem meio estabanada, pulando em cima de uns monstrinhos achatados e saio surfando em um casco de uma tartaruga. Entro em canos verdes, para encontrar passagens secretas.   É legal e me rende várias moedas pelo caminho.
           Então, eu compro um carro e dirijo pelas ruas de Nova York. Aposto corridas na cidade, corridas perigosas, desviar das pessoas é uma tarefa e tanto! E sempre sou um dos classificados. Mas quando não sou... Eu bato nas pessoas! Sim, bato em um policial e roubo-lhe a arma. Desconto minha raiva em qualque um que cruzar meu caminho, e de quebra ainda roubo um carro irado!
           Dirijo até a base do FBI. Entro discretamente e, quando um funcionário passa, mostro minha falsa identidade, digo-lhe que sou novo no emprego e "obrigo-lhe" a abrir as portas que contém senhas. Consigo todas as informações secretas e corro para o telhado. Estou sendo perseguido e não há saída. Simplesmente pulo do prédio (incríveis 30 andares). Quando estou no ar, caio em cima do meu dragão e ele me leva àquela ilha onde todos me esperam. Mas outros dragões nos cercam, e temos que desviar de todos seus cuspes de fogo. Finalmente conseguimos despistá-los e retorno à minha ilha. Mas em um lugar que não conheço! Onde está meu dragão? Sumiu!
          Aparece um monstro gigante bem na minha frente! Que sorte! Corro desesperadamente para poder me salvar, quando vejo, encravada em uma pedra, uma espada. Então, leio o que está escrito: "Rei Arthur". Não sou Arthur, muito menos rei, mas tirei a espada. Tenho agora o poder da Excalibur, e enfrento aquele monstro. Com minha magia e a espada, derroto o gigante. Nessa hora, aparece de novo o dragão. Agora ele aparece! E quando eu estava quase morrendo, onde você estava? Subo nele e chego em minha cidade.
Sou recebido com aplausos, dignos de um verdadeiro herói. 
          Missão concluída... e salva! Nem rola fazer isso tudo de novo amanhã...

Douglas Mateus

8.09.2010

Voando... - Parte II




O som estava alto. Eu olhava para os lados, mas não vinha nenhuma idéia. Até que eu vi um carro atrás da casa. Corremos em direção a ele. Pude notar o movimento do carro: sobe e desce. Ele já estava ocupado. Continuamos correndo, sendo ele minha única esperança. Por sorte, a porta estava aberta. Nós entramos nos bancos dianteiros, enquanto um casal transava nos de trás. Eles não se assustaram quando entramos, pelo contrário, olharam para nós e começaram a rir. “Mais dois para brincar”, disse o garoto. Não dei muita importância e pedi para que a moça coloca-se a roupa.
Percebi que a mulher atrás passava a mão nos seios da moça. Me virei para parar com a brincadeira, e senti algo em meu pescoço. Na verdade, ele havia passado a língua em mim, enquanto a outra tentava agarrar a moça. Deixei de lado, lembrei que estávamos sendo perseguidos. Liguei o carro. Olho para fora e vejo um dos garotos correndo em nossa direção. Arranquei o carro e saí na maior velocidade, enquanto recebia mordidas em minha orelha.
Dirijo à saída. Perto de chegar a estrada, parei o carro bruscamente. Olhei para frente, não havia como sair. Eles criaram uma barreira. Sim, eles se fizeram de barreira e a saída estava fechada. Não podia simplesmente atropelá-los. Fiquei parado, ali, com as mãos no volante, enquanto os dois de trás gemiam. Olhei para os lados, dois garotos vinham pela esquerda e mais dois pela direita. Perdi as forças, seríamos pegos. Olhei para a moça, estava encolhida no banco. Vi seu rosto. Me doeu ver aquele rosto assustado, desesperada, aqueles olhos pareciam ter perdido a esperança. Aqueles olhos...
Agarrei forte o volante com as mãos. Pisei fundo no acelerador. O carro estava indo rápido em direção à barreira humana. Não se mexeram. Um pouco mais perto. Nenhum movimento. Eles não iriam sair. Pensei em parar o carro de novo, mas lembrei daqueles olhos. Pisei mais fundo.
Por incrível que pareça, os garotos pularam para o lado, e conseguiram se salvar. Estávamos na estrada, agora. Estava dirigindo para bem longe dali, entrava em qualquer rua, seguia qualquer direção que nos levasse longe dali. Olho para a moça, agora vestida. Sua expressão de horror havia desaparecido e, assim como eu, mantinha o alívio na face. E os dois atrás... Bem, continuavam o que estavam fazendo. Não perceberam nada e, de vez em quando, tentavam juntar-nos a eles naquela viajem de prazer.
O nosso destino agora me preocupava. Não podia chegar em casa com ela, naquele estado e um casal trepando no carro. Eu não entraria na porta de casa. Se fossemos para a casa dela, seria difícil explicar aos seus pais o que aconteceu. Passávamos pelos postes de luz, sem idéia do que fazer. Então eu vi: um motel. Seria bom passar a noite fora de casa, depois daquilo. Parei o carro no estacionamento.
Eu e ela entramos, deixando os dois amantes no carro. Pedi que descansasse um pouco. Fui tomar banho. Deixei a porta aberta, para que, se acontecesse algo, pudesse eu ouvir. A água quente caía em meu corpo, massageando-o. Abaixei a cabeça e deixei a água cair, enquanto pensava no que faria no dia seguinte. De repente, sinto minhas costas serem tocadas. Fui abraçado. Senti seus seios, seu quadril. Viro-me, olho para ela e retribuo o abraço. Ela me beija. Um beijo forte, de tirar o fôlego. Talvez tenha sido isso o que aconteceu, o fôlego, pois de repente ela perdeu a consciência. Havia desmaiado. Troquei sua roupa e a coloquei na cama. Vesti-me e deitei também. Deitei de lado, mas não consegui dormir. O que seria o amanhã me preocupava. Até que senti seus braços me envolvendo novamente. “Não estava desmaiada?”, pensei. Mas não fiz nada. Estava gostando de estar com ela. Até que... adormeci.

8.06.2010

Voando... - Parte I



Parecia apenas uma noite qualquer. Música alta, o pessoal da balada louco e a bebida rolando. Meus colegas e eu estávamos bebendo um pouco mais, só para ficar feliz. Dançávamos no meio da pista. Garotas olhando para nós, e nós para elas.
Um desconhecido começou a conversar com um de meus colegas. Não ouvi o que falavam, mas vi quando meu colega acenou para nós. Fomos atrás deles. A essa altura, já estávamos rindo a toa. Chegamos lá, e então vi a bandeja com riscos brancos: pó. “Já estou assim mesmo, pior não pode ficar”, pensei. Um a um, cada um de nós cheirou. Quando foi minha vez, não consegui terminar a carreirinha, espirrei. Fiquei com o rosto branco e comecei a rir de mim mesmo. Parecia que eu já tinha usado a droga, de tanto que eu estava viajando.
Rindo aqui, rindo dali. Um de meus colegas me chamou: “Pegação no quarto. Vamos para lá. Vou transar demais hoje.”
Eu não estava nem aí, mas fui. Chegando ao quarto, percebi que o sexo já estava rolando: uma mulher deitada na cama e um cara em cima dela. Não o conhecia, mas havia outros em volta da cama. Cada um esperando sua vez. Podia ouvir coisas do tipo: “é isso que você quer, não é, sua vadia?”, “abre mais, abre mais” e “você vai gostar quando chegar minha vez, cachorra”. Eu ria dos comentários. Na verdade, eu ria de tudo. Estava bêbado e drogado, o que vocês queriam de mim?
Fiquei mais por fora do grupo, esperando minha vez. Passa um, passa outro, até que finalmente: chegou! Aproximei-me da cama, tirando a camisa. Desabotoei a calça e a abaixei um pouco. Deitei sobre a garota.
Antes de começar, queria sentir um pouco seu corpo. Peguei em seus seios, grandes. Beijei seu pescoço, subi para o queixo. Olhei para seu rosto. “Gostosa, vadia!”, pensei em dizer. Foi quando notei que seus olhos estavam molhados. Não sei porque, mas parei um instante. Ela havia chorado. Por que uma cachorrona de festa daquelas estava chorando no quarto? E ouvi... “Pára, por favor, pára com isso...”.
Eu tentava raciocinar, mas a droga não deixava. Olhei para os lados. “O que foi, amarelou?”, ouvi um dos garotos falando. Olhei para ela novamente. Comecei a beijá-la, sua boca, e fui à orelha. Dei-lhe uma lambida generosa e sussurrei em seu ouvido: “Se prepara para correr. Eu vou tirar você daqui.”.

Ela olhou para mim, dei-lhe outro beijo de língua e desci para os seios. Nesse momento, peguei o lençol que estava do lado e atirei-o em cima dos garotos, tampando temporariamente sua visão. Peguei a roupa dela no chão e começamos a correr para fora do quarto, para fora da casa. Eles custaram a nos perseguir. Acho que foi por causa da droga...
Nós estávamos do lado de fora. Desesperado, eu procurava uma saída, enquanto, eu sabia, eles tentavam nos achar...

8.02.2010

Salva-me!











Meu corpo arde
Meus músculos se contraem
Meus lábios estão queimando
Minha respiração está ofegante
Estou dominado pela loucura
E só você tem a cura!

Isso! Me abrace
Me beije, me morda
Diga-me o que sentes
Nessas carícias indecentes
Desse corpo incandescente!!!

Até que eu esteja deitado
Desfrutando do repouso
Dessa dose cavalar
do desejo de amar!!!

Douglas Mateus