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6.14.2010

Amantes


Há quanto tempo não se viam? Só o tempo pode responder. Mas nem mesmo ele foi capaz de mudar o amor que um sentia pelo outro. O momento de encontro foi fantástico. Beijos e abraços. Mais beijos. Mais abraços. Até chegarem em casa. A bagagem foi deixada em um canto. Deixada? Melhor dizendo, jogada. A porta foi trancada.

E ele a pegou em seus braços, dando aquele beijo tão esperado. Apertou-a num forte abraço. Seu lábios se expremiam com os delas, pelo amor e saudade que sentia. Sua mão passeava em suas costas, enquanto a outra segurava sua nuca. Seus beijos molhados e intensos. Seus rostos viravam em uma freqüência assustadora. Ele desceu ao pescoço. Beijava intensamente o pescoço da moça, enquanto ela já entrava em delírio. As mãos passavam por todo o corpo. Sua respiração mudara, estava intensa. Andaram como podiam, sem parar as carícias, para o quarto. Até chegar à beirada da cama, e literalmente caíram sobre a cama.

As pernas, já entrançadas. Os beijos continuavam. Seus rostos se contraíam a cada carícia. Começou a mordiscar a orelha da parceira. A língua não ficava de fora. A respiração intensa. Eles entravam em delírio. Viraram e ela ficou por cima. Beijava sua boca, seu pescoço e desceu para o peito. Não tinha paciência, e nem queria ter, de desabotoar a camisa dele. Foi só uma puxada. Ouviu-se botões caindo pela cama. Ouviu-se? Não, nada se ouvia a não ser os dois. Beijava o peito dele, sua mão corria-lhe o corpo intensamente. Ele se inclinou para frente e tirou a camisa, ou o que sobrou dela. Ela, na vertical, sentada nele, estendeu os braços para cima. Ele rapidamente tirou-lhe a camisa e começou a beijá-la. Desceu para os seios. Suas carícias eram fortes, como se fossem explodir. Voltou a beijar a boca, enquanto desabotoava a calça dela. Ela fazia o mesmo com ele. Nenhum dos dois tirou a calça com as mãos. Suas mãos estavam ocupadas com o corpo do outro. Com movimentos com as pernas, as calças saíram.

O casal já estava fervendo. Não via a hora da união. As peças íntimas foram tiradas a força. Isso só apimentou os dois. Completamente nus, eles se beijavam numa freqüência absurda. Boca, pescoço, orelhas, peito, abdomem. As mãos não paravam. Houve a união. Seus rostos se contraíram, o prazer era divino. Os gemidos exprimiam o que sentiam. Se movimentavam ao som do prazer. Todo esse tempo sem ver um ao outro, era recompensado agora. Giraram na cama, ela ficara por cima. Agora sentada, mexia seu quadril para cima e para baixo. Sua cabeça inclinada para trás. Seus olhos fechados, sentindo seu parceiro por dentro. Ele fazia o mesmo. Passava as mão no corpo dela. Gemiam e gemiam, numa altura que os vizinhos conseguiam ouvir. Será que conseguiam ou eu estou exagerando? Não interessa, era tão forte e sincero que pareciam absurdamente altos.
Deitaram novamente, ela ficou de costas para ele. Ele, com seus braços fortes, abraçou-a, ao mesmo tempo que penetrava seu paraíso afrodisíaco. Ela colocou as mãos sobre a cabeça dele. Virou o rosto e se beijaram. Beijaram por muito tempo naquela posição. Não queriam somente o prazer da penetração. Queriam o prazer do amor, da união dos corpos. Voltaram para o famoso papai e mamãe. Ele por cima, acariciava todo o corpo dela. Ela passava as mãos por suas costas, descia até a bunda (sim, bunda. Não falarei nádegas porque bunda é o mais apropriado aqui). Apertava. Voltava com as mãos nas costas dele. Estavam chegando. E chegando juntos.

Os movimentos dele aceleraram. A respiração dos dois estava mais intensa. Gemiam, exprimiam o prazer que sentiam na fala e no rosto. Ela apertava as costas dele com as mãos. Suas unhas pareciam perfurar a carne do parceiro. Mas isso só aumentava o prazer dos dois. Pararam as carícias por todo o corpo e ficaram com os corpos juntos. As maldades que um falava no ouvido do outro era extremamente excitante. Até que os dois chegaram. Seus rostos se contraíram na expressão do prazer máximo, a explosão veio para levar os dois às alturas. Se beijaram mais um pouco. Um de lado para o outro agora, abraçados. Fecharam os olhos. A tensão agora, esvaída. Uma tranquilidade que era estranho para a intensidade do momento agora há pouco. Estavam juntos novamente.


Douglas Mateus

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